Geral Juros do Crédito à Habitação Caem para 3,180% em Outubro e Pesam Menos de 50% nas Prestações A taxa de juro implícita no crédito à habitação voltou a descer em outubro para 3,180%, segundo o INE, marcando uma redução contínua e representando menos de metade das prestações mensais. A queda é impulsionada pela descida das Euribor e pelo aumento dos contratos com taxas mistas. 19 nov 2025 min de leitura Juros do crédito à habitação em Portugal voltam a cair e já pesam menos de metade das prestações As taxas de juro dos créditos à habitação em Portugal mantêm uma tendência de queda que já dura há mais de um ano e meio. Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), em outubro a taxa de juro implícita caiu para 3,180%, voltando a representar menos de 50% do valor das prestações mensais. Um novo patamar nos juros. De acordo com o INE, a descida foi de 4,8 pontos base em relação a setembro, quando a taxa estava em 3,228%. gee.gov.pt+2Idealista+2 Desde o pico registado em janeiro de 2024 (4,657%), há uma redução acumulada de 147,7 pontos base. Idealista+1 Quando olhamos especificamente para os contratos que têm como fim a aquisição de habitação, a tendência é semelhante: a taxa implícita para o total desses contratos caiu para 3,179%, com uma descida de 4,7 pontos base face a setembro. Idealista O peso dos juros nas prestações Uma das grandes novidades: em outubro, os juros voltaram a representar uma fatia menor do que a metade da prestação média da casa. Dos 394 euros médios pagos por mês, cerca de 194 euros (49,2%) correspondem a juros, enquanto os restantes 200 euros (50,8%) já vão para a amortização do capital. Rádio Renascença+1 Este é um sinal simbólico: é a segunda vez consecutiva que a componente de juros fica abaixo dos 50%, algo que não acontecia desde abril de 2023, segundo o INE. Rádio Renascença Por que os juros estão a descer? Há dois fatores principais que explicam esta queda: Contratos antigos indexados à Euribor Muitos dos créditos mais antigos estão ainda ligados à Euribor a 6 e 12 meses — e essas taxas de referência têm estado mais baixas agora do que há seis ou doze meses atrás. Idealista Taxas mistas em novos contratos Nos empréstimos contratados no último ano, predominam as taxas mistas: começam com um período inicial de taxa fixa (e geralmente mais acessível) antes de passarem a indexadas. Idealista Um alívio, mas com ressalvas Esta queda nos juros é, sem dúvida, uma boa notícia para quem já tem crédito à habitação. No entanto, nem tudo se traduz em prestações muito mais baratas. Apesar dos juros mais baixos, o capital médio em dívida continua a subir — em outubro, esse valor médio aumentou 684 euros, para 74.180 euros, segundo o INE. Rádio Renascença Além disso, nos contratos mais recentes (celebrados entre agosto e outubro), a taxa de juro ficou em 2,850%, o que também representa uma descida face ao mês anterior. Rádio Renascença Mas, para esses contratos, a prestação média subiu para 667 euros, refletindo o aumento do capital em dívida. Idealista+1 Conclusão: A evolução das taxas de juro no crédito à habitação mostra-se positiva, com os juros a pesar agora menos nas prestações. Mas o alívio não é total: o crescimento do capital em dívida continua a exercer pressão sobre os montantes pagos mensalmente. É um cenário favorável para os devedores, mas que exige atenção à evolução da dívida. Geral Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado